segunda-feira, 26 de março de 2012

Coméntário sobre o capítulo 3 do livro Manual do Conforto Térmico de Frota e Schiffer

        Cada região se caracteriza por variáveis climáticas. Essas variáveis são: a oscilação diária e anual da temperatura  e umidade relativa, a quantidade de radiação solar incidente, o grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o sentido dos ventos e índices pluviométricos.
        Os fatores climaticos se alteram em dististos locais da Terra, em função da influência de circulação atmosférica, distribuição de terras e mares, relevo do solo e seu revestimento, latitude e longitude.
        A radiação solar é uma energia eletromagnética, de onda curta, que atinge a Terra após ser parcialmente absorvida pela atmosfera.
        A latitude e a longitude especificam a posição de uma localidade. A longitude é medida levando em consideração o Meridiano de Grenwich (situado na Inglaterra), assim como a latitude é medida a partir do Equador.
        Devido à inclinação do eixo da Terra, em certos momentos do ano, a depender da latitude, os dias podem ficar mais longos que as noites assim como as noites podem ficar mais longas que os dias. Esse fenomeno é denominado solstício (de inverno 21 de junho ou de verão 22 de dezembro). E os equinócios (23 de setembro e 22 de março) se caracterizam pela passagem do sol pelo equador terrestre, o que resulta em dias e noites com a mesma duração.
        Outro fator climático que  interfere na variação da temperatura é a desigualdade da distribuição de terras ao longo dos paralelos. Isso acontece porque grandes massas de água são afetadas mais lentamente do que as da terra. O fator das brisas vindas do mar são uma outra variável, pois, como a terra recebe calor mais facilmente do que o mar, ao anoitecer esse sentido se inverterá causando as brisas terra-mar.
        A topografia e o revestimento do solo são outros fatores que causam essa variação de temperatura. Em relação à topografia algum relevo pode servir de barreira para os ventos, modificando as condições de umidade em relação à escala regional. Já o revestimento influencia, pois, quanto maior for a umidade do solo maior será sua conditubilidade térmica.
        Além desses fatores citados acima, a umidade (consequência da evaporação das águas e da transpiração de plantas) e precipitãção  atmosferica, o ponto de orvalho, a nebulosidade (quanto mais nebuloso estiver, menor será a radiação que a terra absorverá do sol) e os ventos também causam essa variação.
        Uma região urbana não apresenta, necessariamente, as mesmas condições climáticas relativas ao microclima de sua região. Essa região pode ter essa variação devido aos tamanhos e setores de atividades desempenhados. Por exemplo, as modificações podem ser tão grandes nessas áreas urbanas, que elas podem resultar em verdadeiras ilhas de calor.
        São por esses motivos que cada região tem uma arquitetura adequada ao seu clima. Por exemplo, em Gramado,  serra gaúcha, o clima é frio e seco, então o arquiteto tem que criar uma situação para que o calor gerado durante o dia permaneça à noite, que é quando a temperatura cai mais drasticamente. Já em Salvador, cujo clima é quente e úmido, seria o contrário, não seria lógico criar em empreendimento com uma fachada cheia de vidro pois o ambiente acabaria se tornando uma estufa. Neste caso, o processo seria criar uma situação para que o ambiente não retenha tanto e por tanto tempo o calor fornecido durante o dia.

Um comentário:

  1. Muito boa postagem, Raquel!

    Sobre seu quinto parágrafo, atenção apenas ao entendimento do solstício, pois há 364 dias no ano que possuem o dia mais longo que a noite ou a noite mais longa que o dia. No entanto, há dois dias *apenas* onde ocorre o solstício, que são aqueles dias da inclinação extrema da Terra em relação ao sol. Esses dois dias são os solstícios de inverno e de verão. São os dias típicos; aquelas duas linhas extremas – superior e inferior – da Carta Solar.

    No último parágrafo, o termo para o conceito que você está procurando – para manter o calor acumulado no dia durante a noite em climas mais frios – é Inércia Térmica (relacionada ao *tempo* de dissipação do calor). A questão do vidro argumentada, porém, não se contrapõe corretamente à afirmativa anterior, pois as esquadrias de vidro não possuem essa característica de guardar calor no tempo. A estufa provocada por paredes de vidro ocorre durante o período que a fachada está recebendo a radiação solar, não se mantendo posteriormente de forma significativa. Tem a questão dos materiais internos guardando esse calor, mas isso extrapola o problema do invólucro, certo?

    Lembro que conversamos sobre isso na última aula e compreendi seu pensamento, e concordo. Contudo, da maneira que está escrito é possível inferir um entendimento equivocado.

    De mais, bom trabalho e continue essa excelente estudante que você é!

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