terça-feira, 27 de março de 2012

Comportamento de projeto em um clima quente e úmido

        Para um projeto de uma edificação situada num ambiente de clima quente e úmido são necessarios estudos sobre o ambiente, sua disposição em relação ao sol, etc. Mas, existem soluções que são comuns à esse clima como a utilização de ventilação para diminuir a sensação térmica do ambiente; janelas com aberturas significativas para saida de ar fazendo com que a velocidade do vento seja maior; a depender da disposição da edificação (se é poente ou nascente) elaborar um fechamento opaco (parede) com uma transmitancia térmica razoável (se a edificação for poente deve-se elaborar uma parede com transmitância térmica menor para que esta não acumule muito calor e que na hora em que as pessoas estejam no ambiente esse calor ja tenha se dissipado); colocar peliculas nas janelas para que diminua a incidência da radiação solar direta através destas.
       

Condutividade térmica

        A condutividade térmica quantifica a habilidade dos materiais de  conduzir calor. Materiais com alta condutividade térmica conduzem calor de forma mais rápida que os materiais com baixa condutividade térmica. Desta maneira, materiais de com alta condutividade térmica são utilizados como dissipadores de calor e materiais de baixa condutividade térmica são utilizados como isolamentos térmicos.
        Exemplos de matériais que possuem uma baixa condutividade térmica: vidro (varia entre 0,72 a 0,86), água (0,61), tijolo (0,4 a 0,8), madeira (0,11 a 0,14), fibra de vidro (0,046), espuma de poliestireno (0,033), ar (0,026), espuma de poliuretano (0,020), entre outros.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Isolante térmico

        Chama-se isolante térmico um material ou estrutura que dificulta a dissipação de calor, usado na construção e caracterizado por sua alta resistência térmica. Estabelece uma barreira à passagem do calor entre dois meios que naturalmente tenderiam rapidamente a igualarem suas temperaturas. O melhor isolante térmico é o vácuo, porem devido à dificuldade de obter e manter é empregado em pouquissimos casos.

        Exemplos de materiais isolantes:
Cortiça (mesmo material que faz a rolha)

Lã de rocha

Lã de vidro

Lã de ovelha

Poliestireno expandido

Espuma de polietileno

Espuma de poliuretano

Espuma elastométrica

Fibra-cerâmica


Coméntário sobre o capítulo 3 do livro Manual do Conforto Térmico de Frota e Schiffer

        Cada região se caracteriza por variáveis climáticas. Essas variáveis são: a oscilação diária e anual da temperatura  e umidade relativa, a quantidade de radiação solar incidente, o grau de nebulosidade do céu, a predominância de época e o sentido dos ventos e índices pluviométricos.
        Os fatores climaticos se alteram em dististos locais da Terra, em função da influência de circulação atmosférica, distribuição de terras e mares, relevo do solo e seu revestimento, latitude e longitude.
        A radiação solar é uma energia eletromagnética, de onda curta, que atinge a Terra após ser parcialmente absorvida pela atmosfera.
        A latitude e a longitude especificam a posição de uma localidade. A longitude é medida levando em consideração o Meridiano de Grenwich (situado na Inglaterra), assim como a latitude é medida a partir do Equador.
        Devido à inclinação do eixo da Terra, em certos momentos do ano, a depender da latitude, os dias podem ficar mais longos que as noites assim como as noites podem ficar mais longas que os dias. Esse fenomeno é denominado solstício (de inverno 21 de junho ou de verão 22 de dezembro). E os equinócios (23 de setembro e 22 de março) se caracterizam pela passagem do sol pelo equador terrestre, o que resulta em dias e noites com a mesma duração.
        Outro fator climático que  interfere na variação da temperatura é a desigualdade da distribuição de terras ao longo dos paralelos. Isso acontece porque grandes massas de água são afetadas mais lentamente do que as da terra. O fator das brisas vindas do mar são uma outra variável, pois, como a terra recebe calor mais facilmente do que o mar, ao anoitecer esse sentido se inverterá causando as brisas terra-mar.
        A topografia e o revestimento do solo são outros fatores que causam essa variação de temperatura. Em relação à topografia algum relevo pode servir de barreira para os ventos, modificando as condições de umidade em relação à escala regional. Já o revestimento influencia, pois, quanto maior for a umidade do solo maior será sua conditubilidade térmica.
        Além desses fatores citados acima, a umidade (consequência da evaporação das águas e da transpiração de plantas) e precipitãção  atmosferica, o ponto de orvalho, a nebulosidade (quanto mais nebuloso estiver, menor será a radiação que a terra absorverá do sol) e os ventos também causam essa variação.
        Uma região urbana não apresenta, necessariamente, as mesmas condições climáticas relativas ao microclima de sua região. Essa região pode ter essa variação devido aos tamanhos e setores de atividades desempenhados. Por exemplo, as modificações podem ser tão grandes nessas áreas urbanas, que elas podem resultar em verdadeiras ilhas de calor.
        São por esses motivos que cada região tem uma arquitetura adequada ao seu clima. Por exemplo, em Gramado,  serra gaúcha, o clima é frio e seco, então o arquiteto tem que criar uma situação para que o calor gerado durante o dia permaneça à noite, que é quando a temperatura cai mais drasticamente. Já em Salvador, cujo clima é quente e úmido, seria o contrário, não seria lógico criar em empreendimento com uma fachada cheia de vidro pois o ambiente acabaria se tornando uma estufa. Neste caso, o processo seria criar uma situação para que o ambiente não retenha tanto e por tanto tempo o calor fornecido durante o dia.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Tunel de vento como ferramenta de projeto na arquitetura.

        Um tunel de vento é uma instalação que tem por objetivo simular para estudos o efeito do movimento do ar ao redor de objetos sólidos. São muito utilizados em projetos de aviões, automóveis, edificios, pontes, antenas, etc.       
        Existem dois tipos de tuneis de vento: o horizontal (que permitem, por exemplo, simulações de catástrofres como furacões, e observar como uma construção reage no quesito da aerodinâmica) e verticar (utiliza o principio de sucção e propulsão que atinge altissimas velocidades permitindo que uma pessoa possa flutuar dentro dele. É utilizado para simular queda livre ou treinamento de paraquedismo).
        Um exemplo da utilização de uma torre de vento em um projeto de arquitetura é a torre da TV Digital de Brasília, criada por Oscar Niemeyer.
        A torre de TV Digital foi projetada por Niemeyer em formato de curvas que lembram uma flor. A base cilíndrica funciona como um “caule” que exibe duas “pétalas” para abrigar dois espaços cobertos: do lado direito, uma cúpula de vidro compõe o ambiente de um bar, e do lado esquerdo, um pouco mais abaixo, ficará um salão para exposições. O terceiro nível da Torre de TV Digital é um mirante circular.

Divulgação: IPT
Foto de ensaio com maquete de 1,20X1,50 metros e 8 centimetros de diâmetro.
       

quarta-feira, 21 de março de 2012